A nova coleção da Caju Maria é o entrelaçamento das histórias e saberes manuais das
Filomenas com a essência preta e artesanal da marca.
Quando Wilza chegou a Pau dos Ferros, grávida de Kamau, uma das filomenas, Ielandia Jacinto, a acolheu como se fosse da família e foi natural querer conhecer e saber dos causos que a envolvia. Depois de dois anos habitando o Alto Oeste Norte Rio Grandense, Wilza Santos, diretora criativa da Caju, viu crescer a necessidade de retribuir o acolhimento e afeto doados pelas mulheres do Sitio Pega. Ela gestou e pariu esse Projeto, Criando com as Filomenas, pensando numa coleção que valorizasse a força e a resistência dessas pessoas e que incentivasse um novo olhar para suas próprias raízes.
As Filomenas são uma rede de mulheres quilombolas do Sítio Pêga, que estão no resgate de seus saberes manuais através da produção de crochê, fuxico, costura, ponto cruz, entre outros. O grupo nasce com o intuito de mobilizá-las e fortalecê-las, para além da questão econômica, buscando resgatar a auto estima dessas mulheres, para que se entendam, enquanto quilombolas, capazes de atravessar as fronteiras da comunidade para chegarem onde desejam.
O Projeto, Criando com as Filomenas, contemplado pelo Edital “Moda e Turismo: sustentabilidade e inovação” doServiço de Apoio às , proporcionou o desenvolvimento de uma coleção única, que nasceu das rodas de conversas no terreiro das Filomenas em meio a conversas regadas a bolos, sucos, doces, e histórias de amores e lutas.
A Coleção Entrelace, o editorial e o mini documentário, fruto dessa experiência é um tico da vida dessas mulheres, representadas por suas filhas, Neuzanira, Ielandia e Brígida.
Cada peça é única, feita com crochê de linhas de algodão, que respeita a tensão e delizadeza de cada ponto. Com cores inspiradas nas tardes e noites de Portalegre, e costuradas com a intenção de jogar essa história no mundo. A coleção Entrelace nos mostra a importância de honrar nossa ancestralidade e a força do fazer coletivo a muitas mãos e palavras.
